Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas de Dale Carnegie é um dos livros clássicos e mais influentes de sempre no desenvolvimento pessoal. A primeira edição foi publicada em 1936, continuando ainda hoje no topo de vendas.
Trata-se de um excelente livro para aprender a lidar com as pessoas, perceber os seus comportamentos e atuar com base na psicologia de cada um. Talvez este seja um dos segredos do livro continuar a ser um best seller, porque o desenvolvimento tecnológico tem sido vertiginoso nas últimas décadas, mas a base social e comportamental das pessoas mudou pouco ou nada.
É um livro extenso, com muita informação útil, com as minhas notas e o resumo do livro desenvolvido em quatro partes.
Parte III - Doze Formas de Atrair Pessoas à Sua Forma de Pensar
10 A única forma de vencer numa discussão é evita-la.
Em 90 por cento das vezes, as discussões terminam com cada um dos oponentes mais convencidos ainda da sua razão absoluta.
Se argumentar, barafustar e contrapuser, poderá conseguir por vezes uma vitória, mas será uma vitória vazia, porque nunca conseguirá a boa vontade do seu oponente.
Um equívoco nunca se resolve com uma discussão, mas com tato, diplomacia, conciliação e um desejo autêntico de perceber o ponto de vista da outra pessoa.
Abraham Lincoln certa vez afirmou que nenhum indivíduo decidido a dar o melhor de si pode perder tempo numa contenda pessoal. Mas menos ainda se pode dar ao luxo de assumir as consequências, como a sobreposição do seu feitio e a perda do autocontrolo.
11 Mostre respeito pelas opiniões da outra pessoa. Nunca diga "Está errado."
É difícil, mesmo nas condições mais favoráveis, mudar a opinião das pessoas. Se quer provar alguma coisa, faça com que ninguém perceba. Faça-o de forma tão subtil, tão habilidosa que ninguém sinta que está a fazê-lo.
Se uma pessoa fizer uma declaração que considera errada poderá começar por dizer “Poderei estar errado, vamos examinar os factos.”
Nunca terá dificuldades se admitir que poderá estar errado. Estancará pelo contrário, a discussão e inspirará o seu oponente para que seja tão justo, aberto e disponível quanto o foi. Fará com que o seu oponente queira admitir que também poderá estar errado.
A maior parte de nós está cega com noções pré-concebidas e não quer mudar de ideias no que respeita às suas convicções. O resultado é o facto de grande parte daquilo a que chamamos racionalização consistir em descobrir argumentos para continuarmos a acreditar naquilo em que já acreditamos.
Se lidarem connosco com gentileza e tato, podemos admitir os erros aos outros e até mesmo sentir orgulho pela nossa franqueza e abertura de espírito.
Se dissermos diretamente às pessoas que estão erradas, podemos despi-las da sua dignidade e ser um elemento indesejado. Use a diplomacia sempre que possível.
12 Se está incorreto, admita-o rapidamente e com empatia.
Diga de imediato à outra pessoa todas as coisas pejorativas que sabe que ela pensa de si, e diga-as antes que a outra pessoa tenha a oportunidade de o fazer. Há grandes probabilidades de provocar uma atitude generosa, de perdão, e que os seus erros sejam assim minimizados.
Existe um certo grau de satisfação em ter a coragem de admitir os próprios erros. Limpa o ambiente de toda a culpa e sentimentos defensivos, e ajuda frequentemente a resolver o problema criado pelo erro.
13 Comece de uma forma amigável.
Abraham Lincoln dizia que se quer ganhar um homem para a sua causa, primeiro tem de o convencer que é um amigo sincero.
O advogado Daniel Webster acompanhava os seus argumentos mais energéticos com comentários amigáveis tais como: “Fica à consideração do júri”, “Talvez valha pena pensar sobre isto”, “Aqui estão alguns factos que estou certo que não irão esquecer” ou “ Como o vosso conhecimento da natureza humana, facilmente aprenderão quão significativos são estes factos”. Nada de atropelos e sem métodos para exercer pressão. Nenhuma tentativa para forçar os outros a concordar com as suas opiniões.
14 Inicie com perguntas a que a outra pessoa irá responder sim.
Ao iniciar conversa com uma pessoa não comece por discutir sobre o que discordam. Comece por enfatizar sobre o que concordam. Continue a enfatizar se possível que ambos procuram atingir os mesmos fins e que a diferença entre ambos está no método e não nos objetivos.
Quantos mais “sins” for possível obter desde início, mais provável será conseguir captar a atenção para o seu lado.
Poderá utilizar o “método socrático” em que coloca questões com os quais o seu oponente é obrigado a concordar, conquistando uma série de sins, até que por fim os seus opositores tomem consciência de estar a apoiar uma conclusão que teriam recusado veementemente anteriormente.
15 Deixe a outra pessoa fazer uma grande parte da conversa.
Será que a maioria das pessoas fala demasiado ao tentar que os outros concordem com ela? Deixe que a outra pessoa faça a maioria da conversa. Ela sabe mais sobre os seus assuntos e sobre os seus problemas do que você. Faça perguntas e ouça
La Rochefoucauld, um filósofo francês, dizia: “Se deseja inimigos supere os seus amigos; mas se deseja amigos deixe que eles o superem.” Quando os nossos amigos nos ultrapassam sentem-se importantes. Por outro lado, quando são ultrapassados irão sentir-se inferiorizados e invejosos.
No livro é contada a história duma executiva de recursos humanos, em que dizia que quando estava com os colegas, pedia para partilhar os sucessos dos seus amigos e só referia os seus quando lhe pediam para o fazer.
16 Faça com que a outra pessoa sinta que a ideia é dela.
Não acredita muito mais nas ideias que descobriu sozinho do que nas ideias que lhe foram oferecidas? Se assim for, não será uma má ideia tentar que as outras pessoas sejam forçadas a aceitar as suas opiniões? Não será mais correto fazer sugestões e deixar que os outros cheguem às conclusões por eles próprios?
Ninguém gosta de sentir que lhe estão a vender ou a mandar fazer alguma coisa. Preferimos sentir que estamos a comprar porque queremos, ou a agir segundo as nossas ideias. Gostamos de ser consultados acerca dos nossos desejos, dos nossos anseios, dos nossos pensamentos.
17 Procure honestamente ver as coisas do ponto de vista da outra pessoa.
As outras pessoas podem estar totalmente erradas, mas elas acreditam que não. Não as condene, mas tente-as compreender. Existe uma razão pelo qual o outro pensa e age como o faz. Investigue qual a razão e obterá a chave para compreender as suas ações e talvez a sua personalidade. Tente honestamente colocar-se no lugar da outra pessoa.
Kenneth M. Goode escreveu que o sucesso em lidar com as pessoas depende da compreensão tolerante do ponto de vista do outro.
Gerald S. Nirenberg comentou que a cooperação na conversa consegue-se quando mostramos que consideramos as ideias e os sentimentos da outra pessoa tão importantes como os nossos.
Se como resultado de ler o livro, obtiver apenas uma coisa, deverá ser a tendência crescente para pensar sempre em termos do ponto de vista do outro e para ver as coias a partir da perspetiva dessa pessoa em simultâneo com a sua.
18 Mostre empatia com as ideias e desejos da outra pessoa.
Uma frase que pode eliminar sentimentos negativos é a seguinte: “Não o culpo minimamente por se sentir assim. No seu lugar provavelmente sentiria o mesmo.”
Três quartos das pessoas que vai conhecendo na sua vida estão sedentas e carentes de compreensão. Dê-lhes isso e elas adorá-lo-ão.
Arthur I. Gates afirmou que a espécie humana anseia por compreensão. A criança mostra a sua ferida ansiosamente; ou inflige a sí própria uma ferida ou mazela para obter simpatia em abundância. É para o mesmo propósito que os adultos mostram os seus ferimentos, relatam os acidentes.
19 Apele aos motivos mais nobres
Pierpont Morgan observou que uma pessoa tem geralmente duas razões para fazer algo: uma que soa bem e outra que é verdadeira.
A própria pessoa pensará na razão verdadeira, mas todos nós, que somos intrinsecamente idealistas, gostamos de pensar em motivos que soam bem.
Por exemplo, pode oferecer alguma coisa a uma pessoa, dizendo que não é para ela, mas para oferecer à sua obra de caridade favorita.
20 Dramatize as suas ideias.
Estamos na época da dramatização. Mostrar a verdade não é suficiente. A verdade tem de ser mostrada de forma intensa, interessante e dramática. Deve colocar-se do lado do homem do espetáculo. Os filmes e a televisão fazem-no e se quiser prender a atenção também o deve fazer.
21 Lance um desafio.
Charles Schwab dizia que a melhor forma de fazer as coisas é estimular a competição, não de uma forma interesseira, mas estimulando o desejo de superação.
Harvey S. Firestone disse que o salário nunca foi o principal motivo para reunir ou manter os melhores empregados e que o segredo estava no próprio jogo.
As pessoas de sucesso adoram a oportunidade de realização pessoal, de mostrar valor, de se superarem e vencerem. O desejo de uma sensação de importância.
Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas de Dale Carnegie é um dos livros clássicos e mais influentes de sempre no desenvolvimento pessoal. A primeira edição foi publicada em 1936, continuando ainda hoje no topo de vendas.
Trata-se de um excelente livro para aprender a lidar com as pessoas, perceber os seus comportamentos e atuar com base na psicologia de cada um. Talvez este seja um dos segredos do livro continuar a ser um best seller, porque o desenvolvimento tecnológico tem sido vertiginoso nas últimas décadas, mas a base social e comportamental das pessoas mudou pouco ou nada.
É um livro extenso, com muita informação útil, com as minhas notas e o resumo do livro desenvolvido em quatro partes.
Parte II - Seis Formas de Fazer com que as Pessoas Gostem de Si
4 Torne-se genuinamente interessado nos outros.
Poderá fazer mais amigos em dois meses interessando-se por outras pessoas, do que em dois anos tentando que se interessem por si. As pessoas estão interessadas nelas próprias de manhã à noite.
Se tentarmos apenas impressionar as pessoas e fazer com que se interessem por nós, nunca teremos amigos verdadeiros e sinceros. Se quisermos conquistar amigos, o importante é disponibilizarmo-nos para ajudar os outros.
Quando alguém lhe telefona por exemplo, mostre um tom que lhe transmita o seu agrado. Lembrar-se da data de aniversário dos seus amigos é também um exemplo de agradar o próximo..
O poeta romano Publilius Syrus observou que interessamo-nos pelos outros quando eles estão interessados em nós. Demonstrar interesse, tal como todos os outros princípios das relações humanas, deve ser algo sincero e deve compensar tanto para a pessoa o qual o interesse é dirigido, como a que o demonstra, sendo uma rua de dois sentidos.
5 Sorria
A expressão que temos no rosto é muito mais importante do que as roupas que vestimos. O “sorriso” transmite-se na voz, sendo por este motivo importante sorrir até quando se fala ao telefone.
As pessoas raramente têm sucesso nas atividades que não forem divertidas para elas. Portanto sorria.
6 O nome de uma pessoa é para a própria o som mais doce e importante.
As pessoas comuns estão mais interessadas no seu próprio nome do que nos outros nomes todos juntos.
Franklin D. Rooselvelt sabia que uma das formas mais simples e importantes para obter a boa vontade das pessoas era recordar os seus nomes e fazer com que se sentissem importantes.
Umas das primeiras lições aprendidas pelos políticos é recordar o nome dos eleitores, sendo a capacidade de fixar nomes igualmente importante nos negócios e contactos sociais.
Deveríamos estar conscientes da magia que existe nos nomes e perceber que é a única posse total e completa da pessoa com que estamos a lidar. O nome distingue o indivíduo de todos os outros; torna-o único. A informação que estamos a transmitir ou o pedido que fazemos assume uma importância especial quando abordamos a situação com o nome de indivíduo. Da empregada do café ao executivo sénior, o nome é mágico no relacionamento com os outros.
7 Seja um bom ouvinte. Encoraje os outros a falarem de si próprios.
As pessoas não conseguem causar uma boa impressão porque não escutam com atenção.
Muitas vezes as pessoas querem apenas um ouvinte amigo e empático com o qual podem desabafar, principalmente quando têm dificuldades. Isto é geralmente o que os clientes irritados desejam, tal como os empregados insatisfeitos ou amigos magoados.
Se quer afugentar pessoas, levá-las a troçar de si ou mesmo desprezá-lo, eis a receita: Nunca oiça alguém durante muito tempo. Fale apenas de si próprio. Se tiver uma ideia enquanto o outro estiver a falar, não espere até que ele ou ela acabem: interrompa imediatamente no meio de uma frase.
Para ser um bom conservador, torne-se um ouvinte atento. Para ser interessante, torne-se interessado. Faça perguntas a que as pessoas adorarão responder. Encoraje-as a falar de si próprias e daquilo que fazem.
8 Fale sobre assuntos do interesse da outra pessoa.
O caminho para o coração de uma pessoa é falar nas coisas que mais acarinha.
9 Faça a outra pessoa sentir-se importante − e faça-o com sinceridade.
Dale Carnegie conta que certa vez encontrou um empregado que parecia aborrecido com o seu trabalho e lançou o objetivo de fazer com que gostasse de si. Ponderou o que haveria no empregado que poderia admirar honestamente para poder falar.
O filósofo e pedagogista John Dewey salientou que que o desejo de ser importante é a necessidade mais premente da natureza humana. William James, filósofo e psicólogo, afirmou que o princípio mas profundo da natureza humana é o desejo de ser reconhecido. É esta a necessidade que nos diferencia dos animais e responsável pela própria civilização.
Pequenas frases como “Peço desculpa em incomodar mas…”, “Poderia por favor…”, “Obrigado/a”, são cortesias que lubrificam os mecanismos monótonos do dia-a-dia, e que por sinal são uma marca da boa educação.
A verdade nua e crua, é que quase todas as pessoas com que se depara sentem-se superiores a si de alguma forma, e o caminho mais direto para elas é fazer com que percebam de uma forma subtil, que está consciente da sua importância e a reconhece com sinceridade.
Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas de Dale Carnegie é um dos livros clássicos e mais influentes de sempre no desenvolvimento pessoal. A primeira edição foi publicada em 1936, continuando ainda hoje no topo de vendas.
Trata-se de um excelente livro para aprender a lidar com as pessoas, perceber os seus comportamentos e atuar com base na psicologia de cada um. Talvez este seja um dos segredos do livro continuar a ser um best seller, porque o desenvolvimento tecnológico tem sido vertiginoso nas últimas décadas, mas a base social e comportamental das pessoas mudou pouco ou nada.
É um livro extenso, com muita informação útil, com as minhas notas e o resumo do livro desenvolvido em quatro partes.
Através de um estudo realizado sobre a alçada da Carnegie Foundation for the Advancement of Teaching, demonstrou-se que lidar com as pessoas é a maior dificuldade no mundo empresarial. Mesmo num trabalho técnico, cerca de 15 por cento do sucesso financeiro das pessoas se deve aos conhecimentos técnicos, e 85 por cento a competências de engenharia humana – a personalidade e a capacidade para liderar pessoas.
É possível, por exemplo, contratar apenas capacidades técnicas em engenharia, contabilidade, arquitetura ou qualquer outra profissão com salários nominais. Mas a pessoa que possui os conhecimentos técnicos e a capacidade de expressar ideias, assumir a liderança e provocar entusiasmo nas pessoas irá ter uma vantagem para poder obter melhores compensações financeiras.
PARTE I – TÉCNICAS FUNDAMENTAIS PARA LIDAR COM PESSOAS
1 Não critique, não condene, não se queixe.
A crítica é fútil porque coloca as pessoas na defensiva e faz com que lutem para se justificar. A crítica é perigosa, porque fere o orgulho das pessoas, atinge o seu autoestima e desperta ressentimentos.
A pessoa que vamos repreender e condenar vai provavelmente condenar e justificar-se por sua vez. Se gostaria de mudar, melhorar ou disciplinar alguma pessoa comece por si mesmo, que é muito mais eficaz e provoca menos danos.
Se quiser provocar ressentimentos futuros que possam perdurar, bastará lançar críticas mordazes, mesmo que nos pareçam totalmente justificadas. Quando lidamos com as pessoas, não podemos esquecer que não estamos a lidar com criaturas lógicas. Estamos a lidar com criaturas emocionais eriçadas de preconceitos e motivadas pelo orgulho e pela vaidade.
Em vez de condenar as pessoas devemos tentar percebe-las.
2 Dê uma apreciação honesta e sincera.
A forma de fazer com que alguém faça alguma coisa é fazer com que a pessoa queira fazê-lo e dando-lhe aquilo que deseja.
A maior parte dos desejos das pessoas incluem: saúde e preservação da vida, alimentos, descanso, dinheiro e aquilo que pode comprar, vida no além, gratificação sexual, o bem-estar dos filhos e uma sensação de importância.
Quase todos estes desejos são geralmente preenchidos numa maior ou menor escala. Um deles, quase tão primário como o desejo de descanso ou alimentos, é raramente alcançado que é o desejo da grandeza ou de ser importante.
Existe um milagre que podemos oferecer às pessoas sobre a forma de reconhecimento. Charles Schwab, um dos grandes líderes contratado pelo milionário do aço Andrew Carnegie para a gestão do seu império, disse que a capacidade para despertar o entusiasmo na sua equipa era o ativo mais importante ao seu dispor. Fazia-o através do reconhecimento e encorajamento de forma a fomentar o melhor em cada indivíduo.
Por exemplo, consideramos tantas vezes os nossos cônjuges como dados adquiridos que nunca lhes dizemos como os apreciamos.
Existe no entanto uma diferença entre o apreço e adulação, cuja diferença é que a primeira é sincera, e a última não.
Quando não estamos concentrados num problema específico, acabamos por passar 95 por cento do nosso tempo a pensar em nós mesmos. Mas se pararmos de pensar sobre nós durante uns momentos, e começarmos a pensar nos pontos positivos da outra pessoa, não teremos de recorrer a uma bajulação tão reles e falsa que se possa identificar antes mesmo de sair da nossa boca.
Tente deixar um rasto amigável de faíscas de gratidão por onde passa. Tente descobrir os pontos positivos nos outros. E depois esqueçamos a lisonja: Mostre um apreço honesto e sincero. Seja genuíno na sua aprovação e generoso nos seus elogios.
3 Desperte na outra pessoa um desejo ardente.
A única forma de possível de influenciar outras pessoas é falar daquilo que elas querem e mostrar-lhes como o podem obter.
Henry Ford disse que um dos segredos do sucesso é a capacidade de perceber o ponto de vista do outro e ver as coisas tanto nessa perspetiva como da nossa.
O mundo está cheio de pessoas que procuram o seu bem-estar e oportunidades pessoais. O indivíduo raro que tenta altruisticamente ajudar os outros, tem vantagens enormes. Numa negociação ambas as partes devem sair vencedoras.
O autor William Winter disse uma vez que a autoexpressão é uma necessidade dominante da natureza humana. Quando temos uma ideia brilhante, em vez de afirmar que é nossa, devemos deixar os outros cozinhar e apurar as ideias sozinhas. Pensarão então que as ideias foram deles estando mais aptos a aceitá-las.
Estamos naquela altura do ano em que muitas pessoas tomam novas resoluções. Existe no entanto uma dificuldade aparente me manter as mesmas sendo que muitos nem as chegam a começar no novo ano, ou se as iniciam desistem facilmente.
Deve existir uma melhor forma de se aumentar a probabilidade de uma nova resolução poder vingar. Na minha leitura de livros e principalmente online existe uma técnica que é referida vezes sem conta para ajudar a manter novos hábitos, o segredo de Jerry Seinfield para a produtividade, também conhecido como “Don’t brake the chain”.
Jerry Seinfield é um famoso comediante norte americano popularizado na série com o mesmo nome nos anos 90 que também teve muito sucesso na televisão portuguesa.
Conta a história que certa vez um jovem comediante em início de carreira perguntou a Seinfield se tinha algumas dicas que o pudessem ajudar. Seinfield respondeu que para ser um bom comediante é necessário escrever todos os dias uma piada ou anedota e recomendou fixar um calendário grande na parede com os meses todos visíveis.
O passo seguinte é marcar com um marcador vermelho um grande X no dia correspondente em que escrever um texto. Depois de alguns dias será visível uma cadeia que crescerá todos os dias existindo uma situação de satisfação que aumentará ao longo do tempo. A única tarefa depois é não quebrar a cadeia ou “Don’t brake the chain” em Inglês.
Trata-se de um método bastante interessante para aplicar na criação de novos hábitos ou para lutar contra a procrastinação, e pode ser aplicado a muitas áreas além da comédia, como por exemplo hábitos de leitura, exercício físico, novos projetos, etc.
Por outro lado pode ser questionável neste método a possibilidade de não existirem dias de descanso que são fundamentais à recuperação e bem-estar do individuo. Cabe a cada um decidir quanto a este aspeto dependendo da natureza da tarefa, se é uma tarefa profissional ou pessoal, se despende mais ou menos energia ou outros fatores.
O caminho para o sucesso não é sempre linear existindo muitas escolhas que podem condicionar o nosso futuro. Cada ação irá dar origem a uma resposta, ou na pior das hipóteses a uma ausência de resposta, que na sua essência também é uma forma de resposta.
O nosso principal objetivo será traçarmos um plano em função da nossa visão e delinear as estratégias e ações necessárias para chegar a bom porto, adaptando pelo caminho a alguns imprevistos e implementando medidas corretivas se necessário.
Existem inúmeras estratégias e ações que podem ser implementadas, e o acesso à informação e experiência dos outros nunca foi tão fácil. O desafio passa por saber distinguir as medidas, dentro das inúmeras opções disponíveis, que produzem maiores resultados e podem ser mais eficazes.
O principio de Pareto, também conhecido como a lei de Pareto ou o princípio 80/20, afirma que em termos gerais nos acontecimentos, 20% das causas produzem 80% dos efeitos. Este princípio foi desenvolvido a partir da observação e análise do economista italiano Vilfredo Pareto, e tem sido transposto para as mais diversas áreas.
Isto quer dizer por exemplo, que num negócio 80% dos rendimentos provêm de 20% dos clientes, 80% dos resultados de marketing provêm de 20% das ações de marketing, 80% da produção de produtos ou serviços provêm de 20% do pessoal, 80% do valor de um projeto provêm de 20% das caraterísticas do mesmo e por aí adiante.
A gestão pode beneficiar imenso com este princípio, e em particular a produtividade. Se colocarmos os nossos esforços nas tarefas e ações que produzem os maiores resultados conseguimos obter uma maior produtividade, obter um maior rendimento e atingir mais cedo os nossos objetivos.
O princípio 80/20 é assim um importante aliado na concretização da nossa visão, devendo estar sempre presente nas escolhas que fazemos. Por vezes a percentagem poderá não ser exatamente 80/20 mas 70/30, 60/40 ou outra, sendo no entanto evidente que para se chegar a algum lado terão de se fazer escolhas e concentrar os esforços naquilo que realmente importa.
Hoje termino o desafio escrever 30 artigos em 30 dias neste blogue. A ideia original era escrever um artigo por dia durante 30 dias consecutivos com u mínimo de 300 palavras, de forma a desenvolver um ritmo de redação. Consegui escrever os 30 artigos, mas não foi possível publicar todos os dias devido a limitações de tempo.
De qualquer forma foi um desafio em que foram desenvolvidos temas de especial interesse na área de crescimento pessoal, aplicados às minhas necessidades e à dos leitores com interesses semelhantes, nomeadamente as categorias principais: carreira, dinheiro, produtividade e livros.
A carreira é atualmente uma das categorias mais relevantes a nível pessoal, pois encontro-me na meia-idade com a segunda metade da carreira pela frente. A primeira metade, infelizmente, não correu totalmente como desejava a nível de progressão salarial bem como a possibilidade de abarcar um projeto com uma posição de liderança mais relevante. Este aspeto foi minimizado pela oportunidade de participar em empreendimentos cativantes com boa satisfação no trabalho.
O dinheiro não tem sido abundante, principalmente por não ter tido progressão salarial na carreira como referido anteriormente, mas também por não ter uma boa política de investimento e falta de conhecimentos nesta área. Por estar a meio da minha carreira já só tenho outra metade contributiva pela frente pelo que a preocupação em aumentar os rendimentos e aplicar as poupanças da melhor forma torna-se cada vez mais pertinente.
A produtividade é uma das categorias que é transversal a todas as áreas sendo extremamente importante para um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Não poderei dizer que sou das pessoas mais desorganizadas, mas tem faltado traçar e prosseguir determinados objetivos que são importantes. O tempo é limitado, e gerir da melhor as horas que temos é crucial para o sucesso e contribuir para a nossa felicidade.
A categoria dos livros não estava inicialmente planeada no blogue, mas umas das minhas paixões é a leitura de livros em áreas que gostaria de adquirir mais conhecimentos para poder inspirar-me e aplicar na minha vida. O resumo e as notas dos livros, embora de certa forma sendo um processo moroso, permite resumir os pontos principais e consolidar mais facilmente o conhecimento transmitido.
Embora não tenha escrito todos os dias, consegui publicar 30 artigos em cerca de quatro meses, alguns deles com mais de 1000 palavras ultrapassando o mínimo das 300 palavras pretendido. Possivelmente no futuro farei outro desafio semelhante, mas para já irei tentar escrever mais regularmente, embora não obrigatoriamente todos os dias.
Existem dois tipos de análise dos mercados financeiros: a análise fundamental e a análise técnica. De acordo com a FBS e a Picksdazer a análise fundamental explica o comportamento económico dos mercados estudando as contas das empresas de forma a encontrar o seu valor intrínseco e localizar oportunidades de investimento. A análise técnica utiliza as cotações das aplicações financeiras, ou seja, os gráficos de preços para detetar tendências e oportunidades de investimento no mercado.
Uma vez que não sou investidor profissional, tenho de encontrar uma estratégia nos mercados financeiros em que seja possível entender e obter rentabilidades interessantes ao mesmo tempo que conjugo com a carreira, a família e outras atividades. Esta estratégia poderá sempre ser atualizada em função dos conhecimentos e experiência de mercado que vou adquirindo.
O ideal seria combinar a análise técnica e fundamental, mas por uma questão de gestão do tempo, não é possível combinar inteiramente estes dois tipos de análise. A minha escolha neste momento está destinada à análise técnica, sendo que irei dedicar mais tempo aos Exchange Traded Funds (ETFs) que replicam os principais índices bolsitas como o S&P500, DJIA ou Nasdaq.
Como em qualquer empreendimento, a experiência é importante e o tempo é o melhor conselheiro. Por outro lado, é também possível aprender com quem já esteve na mesma situação, sendo que existem vários livros de análise técnica.
Na bolsa existem várias estratégias de investimento, sendo a análise técnica e fundamental as mais utilizadas. Ainda dentro de cada análise encontra-se vários tipos e abordagem. Torna-se assim necessário, e por uma questão de gestão de tempo, encontrar a melhor abordagem que varia em função do tipo e objetivos do investidor. Depois de encontrada a melhor estratégia, que neste caso foi a análise técnica, é importante o investidor educar-se existindo vários livros de referência.
Em Como Fazer Crescer o Dinheiro ao Longo da Vida, Pedro Barata descreve os princípios fundamentais da gestão de finanças pessoais. É desmistificada a ideia de que o investimento é só reservado aos clientes institucionais ou a quem tem grandes conhecimentos financeiros, sendo que cada um pode cuidar do seu futuro se souber algumas regras essenciais.
Pessoalmente gostei muito do livro, pois encontra-se bem estruturado e de leitura fácil escrito por um autor português, o que não é habitual nos melhores livros nesta temática. De seguida faço um resumo do livro incluindo as notas que considero mais relevantes.
Conceitos básicos do processo de investimento
Para ter sucesso no investimento das suas poupanças não tem de ser especialmente dotado, mas precisa de cumprir quatro pontos essenciais.
Ter um objetivo
Um objetivo tem de ter um prazo e ser quantificado, referindo o autor que um objetivo sem um prazo é apenas um sonho.
Delinear uma estratégia para o atingir
A primeira coisa a saber passa por conseguir ajustar o seu portefólio de investimentos ao horizonte temporal do propósito que pretende atingir. Se tem um objetivo mais imediato, deve privilegiar produtos financeiros menos voláteis e de mais curto prazo. Se tem um objetivo de longo prazo, deter uma elevada parcela do seu património em depósitos ou produtos semelhantes, com rentabilidades reduzidas e muitas vezes inferiores à taxa de inflação, é o mesmo que atar o seu portefólio a uma âncora.
A diversificação tem um papel importante na redução do risco do investimento. Um bom investimento define-se na altura da compra não se devendo precipitar e esperar que o mercado esteja a seu favor para comprar os ativos que pretende, ao melhor preço. As estratégias não se querem estáticas, mas em contante evolução.
A grande maioria dos investidores passa uma vida a tentar descobrir a ações “vencedoras” no mercado. Na realidade, a arte na gestão de ativos reside em evitar as ações “perdedoras”. O ato de eliminar os ativos que não terão hipótese de valorizar e distribuir esse dinheiro pelas empresas vencedoras fará que esteja no caminho certo para o sucesso.
Se uma estratégia não está a resultar de todo, tem de analisar muito bem a situação e perceber se esse facto se deve a uma alteração estrutural do mercado que implique alterações de base nas suas premissas, ou se, pelo contrário, se deve à volatilidades normal do mercado, que por vezes se torna mais violenta do que é desejável, mas que, no fundamental, nada altera.
Ser disciplinado na execução dessa estratégia
É importante perceber que o processo de investimento não termina na altura em que compra os ativos para a sua carteira. Depois de os comprar, deve vigiar de perto a sua evolução, verificando se as premissas que o levaram a escolher esses ativos ainda se mantêm válidas ao longo do tempo.
Ter tempo e paciência
Quando se salienta a importância do fator tempo no resultado do investimento, está a relevar-se não só o poder de capitalização, mas também o facto de ser necessário investir o dinheiro ao longo do tempo e não todo de uma só vez. Se um investidor conseguisse adivinhar qual o melhor preço para comprar determinado ativo, com certeza que investiria tudo de uma só vez nessa altura. Acertar em mínimos de mercado é, porém extremamente difícil e, por isso, raro.
O tempo tende a alisar o preço médio do investimento e elimina o risco de comprar toda a posição num momento de euforia do mercado. O autor refere porém, que esta premissa não é infalível. Antes de investir deve perceber bem se a empresa em que vai investir é da sua confiança. Depois, deve verificar regularmente se os fatores que o levaram a investir no início se vão mantendo ao longo do tempo. Esta vigilância não tem de ser diária, uma análise mensal ou mesmo trimestral poderá ser suficiente.
Em que ativos investir?
Com ativos como ações, obrigações, fundos de investimento e imobiliário, consegue perfeitamente alcançar o seu objetivo, sem precisar de investir em produtos mais completos de difícil compreensão.
Ações
De uma forma simples, pode-se dizer que uma ação é a menor parcela do capital social de uma empresa. A estatística mostra-nos que, num investimento de longo prazo, esta é uma classe de ativos que deve ser tida em linha de conta e quanto maior for o horizonte temporal maior deve ser o seu peso na sai carteira de investimento.
Segundo Graham, o investimento em ações deve ser baseado numa análise profunda das empresas e o investidor deve ter como objetivo principal não apenas preservar o capital investido, mas também conseguir uma boa rentabilidade no futuro. Normalmente, um investidor mais informado recorre à análise fundamental para decidir o que comprar e à análise técnica para decidir quando comprar.
Obrigações
Uma obrigação é um título que representa um empréstimo feito por um investidor a uma empresa ou a uma entidade governamental. Quando o investidor investe neste tipo de ativos deve ter em linha de contra três tipos de risco.
O risco de crédito que está diretamente relacionado com as contas da empresa ou do país no caso da dívida pública.
O risco de taxa de juro que resulta, para uma carteira de investimento ou para uma empresa, de uma variação desfavorável das taxas de juro. De um modo geral, a incerteza sobre o pagamento de um empréstimos obrigacionista emitido por uma empresa diminui à medida que se vai aproximando da sua data de reembolso – no curto prazo, é mais fácil para o investidor perceber com algum grau de certeza se a saúde financeira de uma empresa é suficiente para honrar os seus compromissos com os obrigacionistas.
O risco de falta de liquidez quando um investidor tem de vender a desconto uma obrigação se necessitar de liquidez antes da sua maturidade.
Fundos de investimento
Os fundos de investimento são portefólios diversificados, geridos por profissionais, que cobram uma comissão de gestão por esse trabalho. Os interessados, designados por participantes, compram unidades de participação desse fundo e têm lucros ou prejuízos consoante os ganhos ou perdas dos ativos que compõem o fundo.
Neste tipo de fundos incluem-se os Exchange Traded Funds (ETFs) que são um tipo de fundo aberto, composto por uma carteira de títulos que pretende replicar um índice de referência, tenho como objetivo obter uma rentabilidade desse índice.
Imobiliário
O investimento em imobiliário tem algumas diferenças do mercado mobiliário (ações e obrigações), tratando-se de um investimento que requer mais capital e é menos liquido. Se optar por este tipo de investimento deve ter um plano de ação e definir o que espera conseguir do imóvel que adquiriu.
Vai comprar para vender de seguida, ou vai comprar para arrendar? Pretende um imóvel novo ou pretende um imóvel a necessitar de melhoramentos e por isso mais barato? Necessita de recorrer a empréstimo bancário ou tem possibilidades de pagar a pronto? Deve ainda ter atenção à localização, ao preço e aos custos escondidos.
A capitalização dos rendimentos
Quanto mais cedo começar a poupar e a capitalizar, mais a sua poupança deverá ganhar no futuro. É importante que fique claro que nunca é tarde para começar a poupar e a investir a sua poupança.
A experiência tem mostrado que, a menos que seja um investidor profissional, dificilmente conseguirá melhores resultados no longo prazo com uma estratégia baseada em entradas e saídas constantes do mercado do que com uma estratégia de investimento baseada na capitalização e no reinvestimento dos rendimentos.
Investir segundo o ciclo de vida
Sobre como investir as poupanças para a reforma existem diversas teorias. A mais comum é a que defende que o investidor deve alocar ao mercado obrigacionista uma percentagem dos ativos que reflita a sua idade.
Nas alturas em que as economias de determinados países se deparam com taxas de inflação galopantes não sendo possível rentabilizar os investimentos com taxas que superem taxas de inflação tão elevadas, o consumo imediato é sempre preferível à poupança para o futuro.
Lidar com o risco
De acordo com William Sharpe, existem dois tipos de risco: o risco sistémico, também designado por risco de mercado e o risco não sistémico, ou risco específico.
Risco sistémico
O risco sistémico reflete o comportamento da ação face ao comportamento do mercado e contra ele há pouco a fazer. Alterações nas taxas de fiscalidade, alterações nas taxas de juro, aumento ou descida da taxa de inflação, são exemplos de fatores que contribuem para o risco sistémico que influenciam o mercado e que o investidor dificilmente tem meios para conseguir controlar.
Risco não sistémico
O risco não sistémico ou específico está relacionado com o emitente em sim e não com o mercado. Este tipo de risco advém da própria atividade da empresa e da indústria em que a mesma está inserida. Alterações na empresa, na equipa de gestão, novos produtos ou conquista de novos mercados, podem ter um impacto na cotação da empresa.
Os analistas financeiros tendem ainda a subdividir o risco não sistémico em duas subcategorias: o risco do negócio (chegada de um novo concorrente; greves; más decisões de gestão; alteração no mix de produtos ou da qualidade do serviço ou produto, etc.) e o risco financeiro (grandes alterações na estrutura de capital; aumento da dívida para fins menos claros ou para vantagem dos gestões de topo e não da empresa em si, etc.)
Sharpe conclui num estudo que o retorno de uma carteira de investimento depende entre 80% e 90% da sua exposição ao mercado, ou seja, do risco sistémico, sendo este, por isso, responsável por grande parte do risco total de uma carteira e muito dificilmente evitável. Os restantes 10% a 20% resultam da escolha dos títulos que compões a carteira e o seu risco pode ser bastante reduzido através de uma diversificação adequada.
Se o horizonte temporal do seu investimento for a longo prazo, não deve entrar em pânico com um aumento da volatilidade no curto prazo. Muitas vezes este aumento de volatilidade pode dar ao investidor a possibilidade de comprar ativos a preços bastante atrativos e com elevado potencial de valorização no futuro.
Como investir diretamente nos mercados
A primeira regra é privilegiar o investimento em empresas de topo. A cotação de uma empresa no mercado tende a refletir os resultados da mesma que inclui o crescimento do negócio, os lucros crescentes e a política de remuneração crescente ao acionista. A grande questão que se deve colocar é a seguinte: será que estas empresas, que lideram hoje, manterão a sua liderança amanhã?
A segunda regra baseia-se na atenção que deve ter em relação ao preço de compra de uma ação. Depois de escolher o ativo que quer comprar, defina a sua estratégia de compra. A variação do preço de uma ação pode ser superior a 30% ao longo de um ano. Aproveite a baixa dos preços para comprar/reforçar as suas posições.
A terceira regra está relacionada com a necessidade de não ceder à volatilidade dos preços no curto prazo. O preço de uma ação no mercado tende normalmente a ser mais volátil do que o próprio negócio da empresa em causa.
Quando vender uma ação que está a subir?
Deve reanalisar a estratégia que definiu na altura em que que fez o investimento. Uma vez alcançado o preço que tinha definido como preço de saída deve voltar a analisar os pressupostos que o fizeram decidir comprar e verificar se se mantêm. Este processo pode durar infinitamente e o investidor pode nunca sentir a necessidade de vender a sua posição.
O investidor deve perceber que se não houver mudanças na gestão, se o aumento da dimensão da empresa não a tornou menos eficiente, se não surgiram novos produtos ou concorrentes no mercado que possam pôr em perigo a sua posição, ou, se pura e simplesmente, não aparece uma melhor opção para plicar o seu dinheiro. Se nada disto acontecer Philip Fisher defende que o investidor deve manter o seu ativo em carteira.
Para quem quer investir em ações ou fundos de investimento, é importante conhecer os principais índices que refletem o valor e tendências de mercado. Existem centenas de índices a nível mundial, sendo que os mais importantes e conhecidos são os do mercado norte-americano. Neste artigo irei fazer uma descrição geral dos índices Dow Jones Industrial Average (DJIA), Standard & Poor's 500 (S&P 500) e o Nasdaq.
O índice DJIA é um dos índices mais antigos. Inclui as ações de 30 das maiores e mais influentes empresas dos Estados Unidos e é conhecido como um índice ponderado de preço. Foi originalmente calculado somando o preço por ação de cada empresa no índice e dividindo essa soma pelo número de empresas. O DJIA representa cerca de um quarto do valor de todo o mercado de ações dos EUA, mas uma variação percentual no Dow não deve ser interpretada como uma indicação definitiva de todo o mercado, tendo em consideração a atitude geral em relação às ações de grande capitalização que geralmente difere da atitude em relação às ações de pequena capitalização, ações internacionais ou ações de tecnologia. Por outro lado, como o Dow é formado por algumas das empresas mais conhecidas nos EUA, as grandes oscilações nesse índice geralmente correspondem ao movimento de todo o mercado, embora não necessariamente na mesma escala.
O índice S&P 500 é um índice maior e mais diverso do que o DJIA. Composto por 500 das ações mais negociadas nos EUA, representa cerca de 80% do valor total dos mercados de ações dos EUA, fornecendo uma boa indicação geral do mercado como um todo. Trata-se de um índice ponderado pela capitalização, ao contrário do DJIA, em que todas as ações do índice são representadas proporcionalmente à sua capitalização. Por outras palavras, se o valor total de mercado de todas as 500 empresas do S&P 500 cair 10%, o valor do índice também cai 10%. Um movimento de 10% em todas as ações do DJIA, em contraste, não necessariamente causaria uma mudança de 10% no índice. O índice S&P 500 inclui empresas em diversos setores, incluindo energia, industrial, tecnologia da informação, saúde, finanças e bens de consumo.
O Nasdaq é conhecido como a bolsa tecnológica. Trata-se de um índice ponderado pela capitalização de mercado de todas as ações negociadas na bolsa de valores Nasdaq e inclui algumas empresas que não estão sediadas nos EUA. Embora este índice seja conhecido por sua grande parcela de ações de tecnologia, também inclui ações de indústrias financeiras, industriais, de seguros e de transporte, entre outras bem como muitas empresas especulativas com pequenas capitalizações de mercado. Consequentemente, indica geralmente o desempenho da indústria de tecnologia, bem como as atitudes dos investidores em relação a ações mais especulativas.
Conhecer os principais índices de ações dos EUA é talvez um dos fatores mais importantes para quem investe em ações ou fundos de investimento. Embora resultados passados não constituam certezas para apoio de decisões futuras de investimento, o certo é que um maior conhecimento de dados históricos e da bolsa de valores irá traduzir-se na diminuição de riscos e incertezas face Às aplicações disponíveis.
O estabelecimento de metas é de extrema importância em qualquer projeto, de forma a conseguirmos determinar se estamos a avançar em direção aos nossos objetivos. Um dos projetos que não foge a esta exceção são os investimentos e aplicações financeiras que conseguimos fazer com as poupanças do nosso trabalho suado. É uma pena, por mais pouco que consigamos economizar, não conseguir rentabilizar o dinheiro da melhor forma. Neste artigo irei falar sobre como estabelecer metas ou objetivos financeiros pessoais, de modo a se conseguir chegar à reforma com algum conforto e paz de espírito.
Para o comum dos mortais existem dois tipos de rendimentos: aquele que se consegue angariar através do trabalho, seja por conta de outrem ou por conta própria e aquele que se consegue obter através de investimentos. Deste modo, o estabelecimento de um objetivo passa por aumentar os ganhos ou rendimentos, seja com o trabalho ou com investimentos. Até aqui tudo bem, mas determinar um número para este objetivo já não é tão fácil.
Para determinar uma meta financeira existem várias hipóteses. Uma hipótese é calcular essa meta em função do património líquido pessoal, ou seja, deduzindo o valor do ativo (casa, carro, etc.) do valor do passivo (empréstimos, cartão de crédito, etc.). A segunda hipótese é determinar a meta em função duma taxa de crescimento dos rendimentos distribuída pelo trabalho e investimentos. A terceira e última hipótese é a combinação das duas, calculando-se a meta em função do património líquido pessoal e taxa de crescimento.
De seguida vou dar um exemplo de um objetivo financeiro com a taxa de crescimento. Imaginemos que um indivíduo tem um rendimento atual de 1000€ / mês, e estabelece uma meta a 20 anos de 5000€ / mês. Se considerar a capitalização dos rendimentos, isto significa uma taxa de crescimento anual de 8.38%, calculada através da seguinte fórmula:
Vi = (1 + t/100)^n = Vf, em que:
Vi é o valor inicial
Vf é o valor final
t é a taxa de crescimento anual
n é o número de anos
À taxa calculada é importante acrescentar o valor da inflação, e tendo em conta a variação de preços ao longo de 20 anos. Por uma questão de simplificação arredondou-se a taxa de crescimento anual para os 10% que inclui a inflação. Depois do cálculo da taxa de crescimento anual pode-se determinar o rendimento esperado ao final de um ano, que no caso do exemplo é de 1000€ x (1 + t/100) = 1100€. Isto significa que no final de um ano o rendimento mensal irá crescer de 1000€ para 1100€, representando uma maior valia de 100€ / mês.
A pergunta que deverá ser feita de seguida, é como será possível fazer crescer os rendimentos em 100€ por mês? Como vimos atrás, existem duas formas de obter rendimentos: através do trabalho e de investimentos. Neste caso prático os rendimentos poderão ser divididos por estas duas categorias atribuindo 50€ a cada uma.
Com os objetivos encontrados torna-se mais fácil encontrar estratégias e criar um plano para os atingir. Muitas pessoas têm algumas dificuldades com a matemática, mas hoje em dia na Internet existem muitos recursos que ensinam a fazer estes cálculos, não havendo desculpas, e estando o conhecimento literalmente ao alcance de um clique.