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The Daily Habit

Diário de produtividade pessoal

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19 Ideias Para Um Diário Profissional

O blog @Work: a career blog recomenda aos profissionais manterem um diário como forma de anotarem as suas realizações, traçarem objetivos de carreira e medir o progresso.

Manter um diário de carreira irá também ajudá-lo a perceber o que sente acerca do que faz no seu trabalho. Manter um registo dos bons e maus dias por ser útil para tomar decisões de carreira. As entradas no diário podem incluir notas sobre projetos em que está a trabalhar, discórdias entre membros da equipa, aspetos financeiros, ou mesmo a necessidade de mudar de organização.

Ainda não tem a certeza sobre o pode escrever num diário profissional?. Um artigo de Randall S. Hansen no Live Career sugere as seguintes ideias:

  1. Analisar a sua situação atual.
  2. Fazer brainstorming sobre os seus objetivos de carreira de longo prazo; vendo-se daqui a 5 ou 10 anos.
  3. Estabelecer objetivos e metas de curto prazo.
  4. Desenvolver planos de ação para alcançar os seus objetivos e metas.
  5. Acompanhar o seu progresso e realizações diárias.
  6. Criar listas de tarefas para mover os seus projetos em frente.
  7. Descobrir e explorar os valores do seu local de trabalho.
  8. Escrever uma declaração de missão pessoal.
  9. Preparar uma análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades, ameaças)
  10. Anotar informações chave, como contatos de rede, entrevistas informativas, realizações, resultados de entrevistas de emprego, etc.
  11. Expressar reações pessoais ao sucesso e fracasso no trabalho e na carreira
  12. Escrever e melhorar cartas de apresentação, currículos, cartas de agradecimento, etc.
  13. Praticar perguntas e respostas de entrevistas de emprego.
  14. Recolher informações sobre pesquisas salariais.
  15. Desenvolver planos para alcançar uma promoção.
  16. Encontrar estratégias para obter um aumento salarial, um bónus ou outras compensações e benefícios.
  17. Preparar as revisões de desempenho no trabalho
  18. Fazer relações públicas dentro da organização.
  19. Explorar qual a educação ou formação que poderá ajudar a acelerar na sua carreira.

Um diário pode ser um local para explorar ideias para o futuro: artigos que pretenda escrever, planos de carreira, talvez até começar um negócio. Vários estudos apontam para a evidência de que pessoas que escrevem os seus objetivos, conseguem atingir mais do que aqueles que não os escrevem.

Do que está à espera para começar o seu diário profissional?

Maratona Leis do Poder

Estou a escrever este artigo pela madrugada adentro de sexta-feira. Esta quinta-feira tive um jantar com uns amigos em casa, comi mais que o habitual, e o serão prolongou-se até tarde.

Em vez de estar a dar voltas na cama, resolvi levantar-me, preparar um chá de cidreira para ajudar na digestão, e fazer algum tempo até sentir-me melhor para regressar à cama.

Não é novidade para o leitor ou leitora que acompanha o The Daily Habit, que sou fá do trabalho de Robert Greene, em especial o seu livro As 48 Leis do Poder. Só lamento não ter tido contacto com esta obra há mais tempo. O livro tem publicação original em inglês de 1998, mas só foi editado na versão portuguesa no final de 2017.

Considero as leis do poder tão importantes para a carreira e negócios, que crie o blogue 48-leis-do-poder-blogs.sapo.pt, dedicado exclusivamente à sua apresentação, com a publicação de um resumo alargado.

Até ao momento já foram publicadas as leis 37 a 48, tendo optado por iniciar pela última lei (n.º 48) caminhando em ordem reversa até chegar à primeira lei (n.º 1).

Trata-se de uma autêntica maratona, escrevendo e publicando uma lei por dia (incluindo fins de semana), com mais de 600 palavras cada artigo.

Adoro desafios, e este trabalho que estou a fazer é um exemplo clássico da minha persistência, dedicação e até obsessão. Se isto levará a algum lado, só o futuro poderá o dizer.

Hábitos Diários Checklist #7: Escrever, Mindfulness e Visão

Hábitos Checklist 7

Esta é a lista de verificação de hábitos diários na semana de 17 a 23 de fevereiro. Pretende-se cultivar bons hábitos como escrever regularmente ou relaxar a visão, e eliminar maus hábitos como falar muito ou alimentar-me com comidas pouco saudáveis.

O projeto das leis do poder baseado no trabalho de Robert Greene foi cumprido na sua totalidade. Durante a semana passada publiquei todos os dias uma lei no blogue As 48 Leis do Poder. O objetivo é concluir este projeto em 48 dias, e rever esta obra magnifica, aprendendo os métodos por detrás da influência dos poderosos, e as suas táticas de manipulação individuais e das massas.

O hábito diário do mindfulness, estar presente no momento sentido as minhas reações à envolvente: pensamentos, emoções e sensações, está a começar, e é um projeto, se poderemos chamar assim, de longo prazo. Não será espectável que consiga ter uma consciência plena de tudo o que me rodeia de um dia para outro. Possivelmente levarei meses até sentir alguma evolução, e talvez anos prosseguindo nesta arte.

A minha paixão pela leitura não ficcional, e procura de conhecimento, não me tem deixado relaxar a visão à noite tanto como gostaria. Pretendo a partir das 22h desligar completamente o dispositivo de leitura que utilizo, um iPad, e não está a ser fácil. É uma espécie de obsessão pelo saber, enraizada numa ansiedade latente na incerteza de querer aprofundar e trabalhar a fundo em tudo aquilo em que me empenho.

Termina assim a revisão da lista de hábitos diários, regressando a esta rubrica na próxima semana.

Bolsa, Brevidade e Bipolaridade

Esta semana tive o dia com o maior prejuízo desde que iniciei os investimentos na bolsa de valores numa conta com dinheiro real. Isto significa que todo os ganhos realizados nas ultimas três semanas foram evaporados num único dia. Estava demasiado confiante, até inebriado, com os resultados obtidos. A ganância tomou conta, baixei a guarda, e fui alvo de uma necessária dose de humildade autoimposta pelos mercados financeiros.

No artigo 200 palavras escrevi sobre como pretendia publicar textos mais curtos e regulares em detrimento de grandes epopeias, como por exemplo o artigo Como Ficar Milionário em Portugal. Pelo contrário, muitas das minhas publicações têm mais de 600 palavras, o que está a ir contra esta filosofia da brevidade. Olho para as estatísticas do blogue e entusiasmo-me com o número de visitas, não me apercebendo que isto é viciante por si só, e à semelhança do que acontece com os likes das redes sociais.

Tinha decidido reduzir a minha atividade na Toastmasters, mas esta semana participei nos concursos de discursos do meu clube que são realizados duas vezes por ano. Existem três categorias: 1) discursos preparados, 2) discursos de improviso e 3) discursos de avaliação. Alistei-me em todas as categorias, estando em palco a falar em público com outros concorrente quase até à meia-noite. Fiquei estasiado com tanta adrenalina, como se tratasse da fase hipomaníaca de um positivismo excessivo característico da bipolaridade. O dia a seguir coincidiu com a maior perda financeira (coincidência ou não?).

Ser humilde na bolsa, breve nas minhas intenções e procurar ambientes estabilizadores.

Como Ficar Milionário em Portugal

Cidade de Lisboa

Há alguns anos atrás, ficar milionário em Portugal era exclusivo de um núcleo muito reduzido de pessoas. Ganhar um milhão de euros era extremamente difícil, senão mesmo impossível para o comum dos mortais.

Contabilizando o efeito da inflação ao longo do tempo, com os aumentos salariais e de rendimentos, incluindo a valorização do imobiliário, embora não sendo fácil, cada um de nós está mais perto do estatuto de milionário do que pode pensar.

Um relatório do Credit Suisse consultado no jornal JN diz que Portugal em 2019 tinha 117 mil milionários e que dentro de cinco anos deverá contar com 174 mil.

Neste artigo quero partilhar com o leitor ou leitora os três pilares que julgo essenciais para ter uma boa hipótese de se juntar ao clube dos milionários portugueses.

1.º Pilar: Ganhar

O primeiro pilar no caminho para o primeiro milhão é ganhar dinheiro. Pode ser conseguido através da carreira e conhecimentos, negócios ou propriedade intelectual.

Desenvolva a sua carreira e conhecimentos

Muitos milionários atingem este estatuto porque trabalham mais que a média, obtêm diplomas, designações profissionais e certificações aumentando os seus conhecimentos. Estão dispostos a dedicar o tempo necessário à aprendizagem para se tornarem especialistas e ganharem mais.

Crie um negócio

Um negócio é uma alternativa para obter rendimentos, destinado a pessoas que valorizam mais a independência em detrimento da segurança que um emprego pode proporcionar.

Numa empresa de serviços, criar um modelo de negócios que seja duplicável pode ser um desafio; normalmente o negócio está na sua área de especialização e a pessoa é o próprio negócio. Precisa de descobrir uma maneira de treinar outras pessoas para fazer o que faz, e alavancar a sua intervenção dedicando-se mais à estratégia e crescimento do negócio.

Se criar um produto em vez de um serviço, precisa de descobrir como comercializar, fabricar ou revender, e distribuir o produto com lucro.

Crie propriedade intelectual

A propriedade intelectual inclui livros, marcas registadas, patentes, software, licenças, música, arte, etc.. Alguns profissionais usam os seus conhecimentos para escrever livros e fazer consultoria na sua área. Também podem planear seminários, workshops e programas de formação onde promovem os seus serviços especializados.

Artistas como atores e cantores transformam a sua imagem num produto comercial. Também se inclui aqui os políticos que vendem a sua imagem através do marketing pessoal. A propriedade intelectual é válida para todas as profissões. Eletricistas, canalizadores, marceneiros, pedreiros e outros artesãos podem criar novas ferramentas para usar na sua indústria.

2.º Pilar: Poupar

O 2.º pilar para ficar milionário é aprender a poupar de forma consistente parte de tudo o que se ganha, e ganhar mais do que se gasta. O valor que precisa de economizar depende do tempo e da taxa de retorno esperada.

O maior erro que as pessoas cometem, e que as impede de alcançar o estado de milionário, é que mal os seus rendimentos sobem começam a gastar mais. Pelo contrário, deve aumentar a quantia que economiza à medida que obtém maiores rendimentos,

Tenha um plano em que todos os meses retira do seus rendimentos uma percentagem para duas contas: de poupança e de emergência. Um fundo de emergência é essencial para não recorrer à sua poupança em caso de necessidade.

3.º Pilar - Investir

O 3.º e último pilar para ser milionário é fazer crescer as suas poupanças recorrendo ao investimento imobiliário ou a outros investimentos inteligentes.

Invista em imobiliário

Os milionários do setor imobiliário dedicam muito trabalho no início de cada empreendimento, aguardando pacientemente os rendimentos mais tarde na forma de rendas e na apreciação do património. Quem desenvolve projetos imobiliários assume riscos significativos; alguns projetos geram grandes lucros e outros grandes perdas. Esteja preparado para os altos e baixos deste tipo de investimento.

Faça investimentos inteligentes

Ser um investidor inteligente não significa jogar no mercado de ações e esperar que encontre a próxima Apple ou Amazon, enriquecendo no processo. Deve descobrir quais os investimentos que são adequados ao seu caso, considerando os seus conhecimentos, apetência ao risco e personalidade. Isto poderá significar subscrever um plano de poupança reforma, investir no mercado acionista e obrigacionista, comprar um negócio ou outra qualquer forma de rentabilização do dinheiro.

Não precisa de ter uma grande disponibilidade financeira para começar a investir. Encontre um valor com o qual se sinta confortável, por pouco que seja, e comece por ai.

Conclusão

Ser milionário em Portugal pode parecer um sonho, mas cada vez mais portugueses estão a atingir este patamar, e a tendência é para continuar. O segredo é começar o mais cedo possível com os hábitos de ganhar, poupar e investir que acabei de descrever, mantendo a disciplina e um forte desejo de melhorar a sua condição financeira.

Texto adaptado de The Balance - The Best Ways to Become a Millionaire

 

Converter Voz para Texto no Telemóvel: Será que Vale a Pena?

Autores e outras pessoas que têm o hábito de escrever regularmente, querem encontrar técnicas ou métodos para serem mais produtivos, e compor textos mais rapidamente. Hoje com a tecnologia, existem inúmeras aplicações disponíveis para facilitar a vida a escritores.

No resumo do livro sobre A Grande Estratégia de John Lewis Gaddis, e a título de experiência, utilizei a aplicação gratuita Speech to Text no Android, para ditar as várias citações que transcrevi para o artigo. Existem muitas outras aplicações disponíveis no Android e outras tantas no IOS.

Na altura de ditar as citações para o smartphone, tinha previamente anotado as que considerava mais importantes, e que queria incluir no artigo. Tenho por hábito nos melhores livros que leio, sublinhar a marcador as passagens mais interessantes (tanto em versão de papel como digital).

No final foram ditadas mais de 1000 palavras para o telemóvel. O trabalho não acabou por aqui, e tive de fazer a edição do texto no PC, pois havia muito vocabulário que não tinha sido corretamente convertido para texto pela minha voz.

Concluindo, e se voltaria a escrever um novo artigo com este tipo de aplicação. Possivelmente teria de fazer um novo teste e experimentar outras aplicações. Se no final, o tempo disponibilizado de dição mais a edição fosse significativamente inferior ao tempo da escrita de um artigo normal, então com certeza que valeria a pena, com a poupança de tempo conseguida.

Hábitos checklist #6: Mindfulness e Leis do Poder

Hábitos diários checklist 6

Esta é a lista de verificação de hábitos diários na semana de 10 a 16 de fevereiro. Pretende-se cultivar bons hábitos como escrever regularmente ou relaxar a visão, e eliminar maus hábitos como falar muito ou ter uma melhor alimentação.

Esta semana pensei em não publicar este artigo para não “maçar” o leitor ou leitora com as minhas lutas diárias em criar rotinas mais saudáveis, e manter o processo apenas para mim. No espírito de Adam Smith, que moldou o pensamento económico contemporâneo, em que ao pensar no interesse próprio, irei beneficiar outras pessoas por meios indiretos.

Assim é a publicação deste artigo, esperando que o leitor ou leitora, possa inspirar-se, criando hábitos que conduzam aos  seus objetivos e a uma vida com mais significado e satisfação.

Os habitos mantiveram-se os mesmos deste a semana passada, com a exceção do mindfulness, a atenção plena no presente momento. Este é um habito para ser desenvolvido ao longo do tempo, e não se espera estar 100% atento a todas as sensações, pensamentos e emoções durante o dia. Se por alguns instantes lembrar-me de parar ou reduzir o ritmo e estar atento ao que se passa, já é considerado um sucesso.

Sou fã do trabalho de Robert Greene, e lancei um novo projeto no Sapo Blogs, com a criação de um blogue dedicado às 48 leis do poder. Trata-se de um projeto limitado no tempo, um resumo alargado, com a publicação de uma lei todos os dias, iniciando na lei 48 e terminando na lei 1. Pode ler já a lei 48: Evite Ter Uma Forma Definida.

Termina assim a revisão da lista de hábitos diários, regressando a esta rubrica na próxima semana.

A Grande Estratégia de John Lewis Gaddis, Resumo do Livro - As Minhas Notas

 

A Grande Estratégia de John Lewis Gaddis

A Grande Estratégia de John Lewis Gaddis é um livro especial, de base académica, pelas origens do autor como professor na Universidade de Yale nos Estados Unidos, que venceu um prémio Pulitzer e é um dos historiadores mais reputados da atualidade.

Esta obra aborda a temática da grande estratégia recorrendo a textos clássicos e a estudos de caso históricos. Este resumo pretende transmitir as minhas notas com as citações que considero ter uma maior componente prática aos líderes atuais.

Os seres humanos, em termos da estratégia que empregam, são divididos por dois tipos, os porcos-espinhos e as raposas (Isaiah Berlin) (pág. 18):

“Os porcos-espinhos, explicava Berlim, relacionam tudo com uma única visão central através da qual tudo o que dizem fazem ganha significado. As raposas, pelo contrário, prosseguem muitos fins, muitas vezes não relacionados entre ti e até contraditórios, ligadas apenas, se de todo ligados, de algum modo de facto.”

Ligação entre a formulação de uma teoria e o passado (pág. 24):

“A prova de uma boa teoria reside na sua capacidade para explicar o passado, pois só se o fizer podemos confiar no que pode dizer-nos sobre o futuro.”

Reconhecer a relação entre os fins e os meios (pág. 26):

“Visto que só existem na imaginação, os fins podem ser infinitos: um trono na lua, talvez, com uma grande vista. Os meios, porém, são teimosamente finitos são botas no terreno, navios no mar e os corpos necessários para o encher. Fins e meios tem de ter relação para alguma coisa acontecer. Nunca são, contudo, intercambiáveis.”

Porcos-espinhos e raposas não precisam de ser mutuamente exclusivos (págs. 29 e 34):

“Berlin admitiu, pouco antes da sua morte, que (…) algumas pessoas não são raposas nem porcos-espinhos, algumas pessoas são ambas as coisas. Tinha estado apenas a jogar um jogo intelectual. Outros tomaram-no demasiadamente a sério. A explicação faz sentido dentro do quadro mais amplo do pensamento de Berlin, pois que escolhas teríamos se estivéssemos presos dentro de categorias, imitando animais, que tornassem a previsibilidade obrigatória? (…) Precisaríamos de combinar numa só cabeça (a nossa), o sentido de orientação do porco-espinho e a suscetibilidade da raposa ao meio ambiente. Conservando ao mesmo tempo a capacidade de funcionar.”

“Talvez devamos a nossa existência, portanto, à destreza com o qual mudamos entre pensamento rápido e pensamento lento - entre o comportamento de raposas e de porcos-espinhos.”

Sobre o senso-comum (pág. 35):

“O senso comum (…) é como oxigénio: quanto mais alto se sobe mais escasso se torna. “Com grande poder vem grande responsabilidade”, lembrava ao homem-aranha, memoravelmente, o seu tio Ben - mas também o risco de fazer coisas estúpidas.”

Definição de grande estratégia e sobre o êxito (págs. 35 e 36):

“Definirei esta expressão (grande estratégia), para efeitos deste livro, como o alinhamento de aspirações potencialmente ilimitadas com capacidades necessariamente limitadas.”

“Especificar o êxito nunca foi fácil, mas a natureza infinita dos meios ajudou a fazê-lo. Pois embora a satisfação seja, em última análise, um estado de espírito, atingi-la requerer despesas verdadeiras.”

Sun Tzu e A Arte da Guerra (págs. 79 e 80):

“Sun Tzu (…) apresenta princípios, escolhidos pela sua validez ao longo do tempo e do espaço, e depois relaciona-os com práticas, limitadas no tempo e no espaço. A Arte da Guerra, por conseguinte, não é história nem biografia. É uma compilação de preceitos, de procedimentos - e afirmações categóricas: general que dá ouvidos a minha estratégia, é certa a sua vitória. Conservai-o! Quando for um que se recusa a dar ouvidos a minha estratégia, a sua derrota e certa. Demitiu -o!”

“Ninguém pode prever tudo o que pode acontecer. Ter uma ideia das possibilidades, no entanto, é melhor do que não ter qualquer noção do que esperar. Sun Tzu procura sentido - mesmo sentido comum - amarrando os princípios, que são poucos, às práticas, que são muitas. A liderança em a Arte da Guerra é, então, ver simplicidades na complexidade.”

A ironia sobre a natureza do comportamento humano segundo Santo Agostinho (pág. 112):

“Agostinho dizia se os bebés são inocentes não é por falta de vontade de fazer mal mas por falta de força.”

Importância das listas (pág. 118):

 “Agostinho formulou os seus critérios sob a forma de uma lista, não de mandamentos. Isso foi porque as listas se adaptam melhor a mudança do que os mandamentos. Os marinheiros recorrem a elas antes de se fazerem ao mar. Os soldados empregam-nas para planear missões. Os cirurgiões exigem-nas para segurarem de que terão os instrumentos de que precisam e não deixaram nenhum para trás. Os pilotos percorrem-nas para garantir descolagens seguras e aterragens suaves - de preferência no aeroporto pretendido. Os pais desdobram-nas para prevenir tudo o que pode correr mal quando se transportam crianças pequenas. As listas fazem perguntas comuns em situações que podem surpreender: a ideia é abordá-las tanto quanto possível a probabilidade de que o façam

As crenças de Santo Agostinho (págs. 120 e 121):

“Agostinho nunca foi o monoteísta de todo o coração. Adorava a razão tanto quanto adorava Deus.”

“Alinhamento, por sua vez, implica interdependência. A justiça é inalcançável na ausência da ordem, a paz pode requerer que se travem guerras.”

Nicolau Maquiavel responde qual o uso da história (pág. 124):

“As competências necessárias são as da imitação, da adaptação e da aproximação. Maquiavel recomenda o estudo da história, pois visto que os homens caminham sempre por sendeiros já batidos por outros e procedem nos seus atos por imitação, um homem prudente deve seguir sempre os caminhos batidos por grandes homens e imitar aqueles que foram os mais excelentes, de modo que se a sua virtude não chega tão longe está pelo menos no seu olor.”

O que distingue Agostinho de Maquiavel (pág. 130):

“Penso que a visão que Agostinho tem da justiça, que tem que ser precedida pela ordem. Só um Estado pode providenciar estabilidade, mas Agostinho só presta contas ao seu Deus. Maquiavel não é nenhum ateu, mas o seu Deus não governa Estados.”

A transgressão de Maquiavel (pág. 133):

“A grande transgressão de Maquiavel, conclui Berlim, foi confirmar o que toda a gente sabe mas ninguém quer admitir: que os ideais não podem ser alcançados. a política, por conseguinte, nunca pode equilibrar o realismo com o idealismo: só há realismos concorrentes. Não há competição na governação entre política e moralidade: só há política.”

Voltando á racionalidade da teoria (págs. 225 e 226):

 “A teoria existe para que uma pessoa não precise de começar do zero de cada vez, selecionando o material e trabalhando nele, mas sim o encontre à mão e em boa ordem. Destina-se a educar o espírito do futuro comandante ou, mais exatamente, guiá-lo na sua autoeducação, não a acompanhá-lo ao campo de batalha; tal como um professor sábio guia e estimula o desenvolvimento de um jovem mas tem o cuidado de não o levar pela mão durante o resto da sua vida.”

Carl von Clausewitz vê a teoria, portanto como treino. é o que endurece o corpo para grandes esforços, fortalece o coração perante os grandes perigos e fortalece o julgamento contra as primeiras impressões.”

Ernst von Pfuel era um daqueles teóricos que amam tanto a sua teoria que se esquecem do propósito da teoria - a sua aplicação na prática; no seu amor pela teoria, odiava tudo o que era prático e não queria saber disso. Até ficava contente com o fracasso, porque o fracasso, procedendo de desvios da teoria na prática só provavam a seu ver a correção da teoria.”

Proporção e contradições (pág, 232):

 “Sobre a guerra e Guerra e Paz balanceiam opostos incessantemente e numa extensão épica. É daí que a proporcionalidade - a simultânea compreensão de contradições - vem.”

Teoria versus prática. Preparação versus improvisação. Planeamento versus fricção. Força versus política. Situações versus esboços. Especialização versus generalização. Ação versus inação. Vitória versus derrota. Amor versus ódio. Vida versus morte. Comandar de dentro das nuvens versus manter o chão à vista.  Mas nenhum versus arte e ciência. Não é exagero dizer, por conseguinte, que Clausewitz e Liev Tolstói juntos são, na amplitude, imaginação e honestidade com que abordaram estas grandes questões os maiores dos estrategas.

Os presidentes norte-americanos (págs. 309 e 326):

Tanto numa coisa como noutra foi um autodidata (Abraham Lincoln). Lia vorazmente, lembrava-se pragmaticamente e aplicava engenhosamente as lições que aprendia.

“Pois mostrava (Franklin D. Roosevelt) que o poder e a ordem não são uma camisa de forças da doutrina, que é possível conciliar a liberdade individual - uma textura larga da sociedade - e um mínimo indispensável de organização e autoridade.”

Intelecto e temperamento no sucesso (pág. 326):

“Qualquer atividade complexa, escreve Clausewitz, se é para ser levada a cabo com o mínimo de grau de virtuosidade requer dotes apropriados de intelecto e de temperamento. Se forem extraordinários e se revelarem me feitos excecionais, quem os possuía é declarado um génio. Pois como nenhuma política pode ser pura também a grande estratégia não pode deixar de ser afetada pelo imprevisto.”

Chegou a Altura de Reduzir a Minha Atividade na Toastmasters

As circunstâncias atualmente mudaram e nos próximos meses vou reduzir a minha atividade na Toastmasters. Esta organização providencia um local para treinar o discurso público através de sessões semanais onde não existem formadores. Os membros aprendem "fazendo" avaliando-se mutuamente de acordo com padrões pré-definidos como a organização do discurso ou a variedade vocal.

O principal motivo que me levou a aderir a um clube Toastmasters foi poder treinar a minha oratória, pois não tinha a coragem para enfrentar uma audiência. Cheguei a um ponto em que consegui falar para uma plateia de mais de 100 pessoas, o que era inimaginável até então.

Este ano tinha previsto organizar um grande evento a nível nacional dentro desta organização, para cumprir determinados objetivos e chegar ao patamar máximo de reconhecimento. Acontece que atualmente os meus objetivos pessoais não estão alinhados com os da Toastmasters, pelo que deixo cair este projeto, pelo menos neste momento.

Vou começar a ir menos às sessões do meu clube, o mínimo para manter o contacto com outros membros, muitos dos quais formei uma amizade.

Não vou desistir da Toastmasters, apenas reestruturar a gestão do tempo em função das minhas prioridades atuais. A qualquer momento, e se o justificar, regresso mais ativamente às suas atividades.

A Vergonha dos Ordenados em Portugal

De acordo com um estudo da Adecco de 2019 consultado na HR Portugal, o salário médio em Portugal é 110% inferior à média da União Europeia, só estando atrás dos países da Europa Oriental ou de Leste.

O mais preocupante ainda é a distância que separa o ordenado mínimo do ordenado médio.

Aproximação dos ordenados mínimo e médio

Em Portugal o ordenadomínimo é atualmente de 635€ para um ordenado médio de 997€. Na União Europeia, a média do salário mínimo é de 930€ para um ordenado médio de 2091€.

Isto significa que o salário médio em Portugal é 57% superior ao ordenado mínimo enquanto na União Europeia o salário médio é 224% superior ao ordenado mínimo.

No título do artigo disse que considerava este facto uma vergonha, mas ainda é mais do que isso, se pensarmos que há 20 anos atrás a diferença entre o salário mínimo e médio era semelhante ao de hoje na União Europeia, em 224%.

Classe média esquecida 

A classe média foi completamente lapidada nestes últimos anos e politicamente nada tem sido feito para inverter esta situação. Profissionais de valor em todas as áreas tem sido constantemente mal tratados e subvalorizados.

Pessoalmente sinto-me indignado, e a minha atuação individual em pouco ou nada pode mudar alguma coisa deste cenário, a menos que seja candidato a primeiro ministro, o que não irá acontecer.

Também não irei aderir a qualquer sindicato, que só atua no ordenado mínimo. As ordens profissionais e afins nada fazem. No entanto tenho de adaptar-me.

Emigrar para fora cá dentro

A minha atuação profissional em Portugal na engenharia, é como um colega meu que diz: estamos em regime de voluntariado, com as despesas mínimas de sobrevivência garantidas, e com rendimentos extra para ir ao cinema de vez em quando e pouco mais.

Continuo a trabalhar por brilho profissional, e por gostar daquilo que faço, participando em projetos relevantes, mas pouco posso esperar, pelo menos da engenharia.

Os meus rendimentos estão a deixar Portugal. Hoje, com a globalização, já não é preciso emigrar, e para os mais ambiciosos e dedicados, felizmente existem outras formas de ganhar dinheiro em países com economias mais prósperas e vivendo em Portugal ao mesmo tempo.

Vergonha dos ordenados Portugueses? Sim.
Manter os braços cruzados? Não.

 

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