Está na altura da revisão trimestral dos objetivos para 2020. É a última revisão do ano, e também a última oportunidade para atingir os objetivos.
Assim como a vitória de um ciclista é muitas vezes decidida na reta final, os três últimos meses do ano proporcionam o foco necessário para “pedalar” na velocidade máxima com a meta à vista.
Desenvolvo os objetivos em seis áreas: social, trabalho, dinheiro, saúde, casa e espiritual. Para uma maior eficácia, no último trimestre do ano vou tentar juntar várias áreas.
Por exemplo, como trabalho numa grande organização, posso socializar mais com os colegas e dirigentes, juntando deste modo as áreas social e trabalho. O ideal seria juntar o trabalho com o dinheiro, encontrando um emprego que providenciasse maior rendimentos. O meu emprego é mal remunerado como a maioria dos empregos em Portugal, mas tem outros benefícios indiretos, pelo que irei continuar no mesmo trabalho apostando na educação ativa na bolsa de valores.
Assim sendo, os meus objetivos para o último trimestre de 2020 são:
Trabalho: fazer uma comunicação 80/20, escutando 80% e falando 20% do tempo (H).
Dinheiro: 1) poupar 30% dos rendimentos (H) e 2) desenvolver uma estratégia lucrativa na bolsa de valores (P).
Saúde: 1) cozinhar duas refeições vegetarianas por semana (H), 2) aplicar o mindfulness na visão e yoga (H) e 2) controlar o colesterol (P).
Casa: Arrumar e reduzir o número de “coisas” para uma casa mais minimalista (H).
Natureza. Dar um passeio junto ao mar aos fins de semana (H).
O símbolo H ou P à frente de cada objetivo refere-se a hábito ou projeto. Um hábito é uma rotina executada periodicamente e um projeto é um conjunto de tarefas.
Nas sociedades do capitalismo atuais, a generalidade das pessoas tem acesso a todo o tipo de bens e materiais. O resultado é colectarem “coisas” que não precisam e juntar tudo em casa.
Para contrariar esta tendência de excessos, a que também não estou imune, este ano estabeleci como objetivo ter uma casa mais minimalista. É um projeto para ser desenvolvido aos fins de semana juntamente com as tarefas habituais de arrumação e limpeza.
Este fim de semana comecei por algo simples, como arrumar o móvel da televisão. É incrível o que tinha neste pequeno móvel: livros, aparelhos electrónicos, velas, chocolates, DVDs, canetas, etc. Até uma mola de roupa encontrei no móvel, incrível!
Os aparelhos electrónicos que já não uso vão para a reciclagem nos pontos eletrão que existe nos principais shoppings, grande parte do livros vão para dar, as canetas de plástico para a reciclagem, as velas para a minha prática de yoga em casa. Bem os chocolates, infelizmente já não estão bons e têm de ir para o lixo, que desperdício!
No próximo fim de semana, a tarefa é avançar para o escritório, onde a pilha de bens é enorme. O objetivo é caminhar em direção a uma casa mais minimalista, um fim de semana de cada vez!
Quando se fala em independência financeira muitas pessoas pensam logo que significa não fazer nada, gozar a vida enquanto o dinheiro cai do céu como um conto de fadas.
Se ganhar o Euromilhões provavelmente isto é verdade, mas para o comum dos mortais o que significa realmente ter independência financeira?
Para efeitos práticos, defino independência financeira como a obtenção de rendimentos extra através de fontes diversas de investimento que permitam suportar o estilo de vida pretendido com o mínimo de trabalho.
O que muitos não se apercebem é que para se chegar à independência financeira é preciso primeiro trabalhar com dedicação e a estratégia certa até se obterem resultados.
Atingir a independência financeira com o imobiliário
Comprar um imóvel para arrendar é um clássico exemplo de rendimento extra. No entanto, é preciso fazer um bom negócio para ter sucesso. É necessário ter em conta a localização e os diversos custos da compra como o financiamento, obras, impostos, condomínio, seguros, manutenção, etc., Também é preciso considerar o preço da renda a colocar no mercado e se existe procura para o imovel. No final, o balanço de cauxa tem de ser positivo.
Como provavelmente com um único imóvel não consegue ter os rendimentos suficientes para o estilo de vida pretendido, terá de fazer outros negócios comprando varios imóveis.
O imobiliário, é no entanto, um investimento que requer muito capital e é preciso começar o mais cedo possível para se ter hipóteses de sucesso
Atingir a independência financeira com a bolsa de valores
Outro caminho para a independência financeira é o investimento na bolsa de valores. Este tipo de investimento é conhecido pelo elevado risco, e com razão. Qualquer pessoa que coloque dinheiro nos mercados sem fazer o trabalho de casa, está condenada logo à partida, perdendo parte senão todo o dinheiro que investe. Em alguns produtos mais arrojados até pode perder mais do que aplicou.
A bolsa de valores exige uma grande dose de educação, e sobretudo muita prática numa conta de simulação ou demonstração até se obterem resultados consistentes. Este processo pode levar anos enquanto o investidor encontra pelo menos uma estratégia que vá de encontro às suas ambições. A maioria desiste pelo caminho, ou então segue o caminho fácil “jogando" impanciantememge na bolsa e perdendo o seu dinheiro.
Ganhar dinheiro para investir no imobiliário e bolsa de valores
Tirando o Euromilhões ou a herança de uma tia esquecida, só existem dois caminhos legítimos para ganhar dinheiro: com um emprego ou negócio.
A maioria tem o emprego como principal fonte de receita. Portugal em relação aos seus pares na União Europeia tem um ordenado médio inferior, mas mesmo assim é possível poupar por pouco que seja mantendo um estilo de vida mais frugal Outros países da língua portuguesa como o Brasil, Angola e Moçambique também tem problemas graves com rendimentos salariais baixos.
Desenvolver ou criar um negócio para ganhar dinheiro envolve mais incerteza quando comparado com um emprego, por não ter rendimento fixo como o salário, pelo que não é para todo o tipo de pessoas. Em certos casos, é a única opção quando existe dificuldade em encontrar emprego. A vantagem é que quando um negócio corre bem, gera muito dinheiro.
Conclusão
Quem não quereria chegar à independência financeira vivendo apenas dos seus rendimentos? Muitos poucos negariam esta hipótese.
Quem quereria dedicar o tempo e esforço necessarios pata atingir a independência financeira? Aposto que a maioria não aceitaria o sacrifico necessário.
A chegada à independência financeiro é um caminho cheio de armadilhas e com conhecimentos escondidos que advêm da experiência. Como em qualquer projeto ambicioso tem uma série de etapas e dificuldades que ultrapassadas permitem chegar ao pote de ouro no final do arco íris.
A independência financeira afinal não é um conto de fadas
Não são os mais competentes que são promovidos ou chegam mais longe, mas sim os mais espertos e que sabem exercer as leis do poder e influência para atingir os seus objetivos.
A competência acaba por ser um obstáculo na subida da escada corporativa. A solução é o que chamo de incompetência seletiva.
As pessoas no geral têm receio da mudança, e os dirigentes das nossas organizações não são imunes a esta característica humana. Se demonstrar muita competência em determinada área técnica, muito dificilmente alguém o irá promover porque em “equipa vencedora não se mexe”.
Ao demonstrar muita competência, os seus superiores também poderão considerar que uma promoção poderá dar-lhe mais visibilidade. Isto pode ser visto como uma ameaça, não possa alguém pensar que algum dia irá substitui-la.
Se for muito bom naquilo que faz, as pessoas continuarão a dar-lhe mais trabalho pois sabem que irá resolver. Isto tem um efeito bola de neve, com cada vez mais serviço.
Ao manter-se ocupado a ser o melhor tecnicamente naquilo que faz, irá perder a visão global sobre a envolvência da sua organização e também fora, não tendo acesso às melhores oportunidades profissionais que advém do contacto direto com os elementos decisores. Não conseguirá desenvolver outras atividades que podem fazer a diferença na sua carreira, como o networking e a promoção pessoal.
A incompetência seletiva não significa que deixemos de ser competentes, até porque incorríamos no risco do despedimento. Aqui, o equilíbrio é essencial, manter as atividades essenciais para a entidade patronal não ter nada a apontar, e ao mesmo tempo não representar uma ameaça às chefias.
Com o tempo que ganha sendo um incompetente seletivo, poderá desenvolver uma estratégia para chegar mais longe, nunca se sabe quando poderá ter sorte. Afinal existe sempre outra pessoa que poderá ocupar o seu antigo lugar fazendo igual ou melhor o seu trabalho.