Como as Formações Profissionais podem ser Inoportunas
Pensava que as ações de formação eram só “empurradas” aos trabalhadores no final do ano para preencher calendário, considerando a obrigatoriedade pela entidade patronal das 35 horas de formação anual.
Afinal na minha organização, os recursos humanos tomaram a resolução de ano novo em dar formação aos seus trabalhadores logo em janeiro. Não sou contra a formação, desde que sejam úteis e equilibradas com o calendário pessoal. Mas o excesso de formações, assim como o excesso de reuniões, são grandes inimigos da produtividade.
Já tinha recebido na minha caixa de correio eletrónica vários emails a convocar-me para determinada ação de formação a realizar este mês. Trata-se de uma espécie de palestra com caráter informativo e até de propaganda da organização, e não tinha manifestado interesse em participar.
Uma colega dos recursos resolveu contactar-me, já possivelmente tendo falado com outros colegas também, com o intuito de “recrutar as turmas” e assim encher as salas de aula para fazer um brilharete a quem lá sabe.
Expliquei gentilmente que o ano passado já tinha mais dos que as horas obrigatórias de formação, e que neste momento estava a concluir um projeto importante com data limite de entrega, sendo difícil frequentar a ação de formação e cumprir as minhas obrigações na organização ao mesmo tempo.
A colega resolveu insistir à semelhança de alguns maus vendedores, à espera que com o desgaste me conseguisse vergar, mas mantive a minha postura. Saber gerir o tempo é uma das minhas prioridades, e não cedo a pressões deste tipo.
Neste momento quero dedicar as horas do trabalho aos projetos da organização, só prevendo frequentar alguma ação de formação no segundo semestre do ano.