Depois do contacto com as leis do poder e de como as dinâmicas de influência interpessoal funcionam, escolhi a harmonia como modo de vida.
As leis do poder de Robert Greene são muito duras, ao estilo maquiavélico, em que os fins justificam os meios. Infelizmente, este é o tipo de filosofia necessário para prosperar no mundo corporativo e dos negócios.
Por outro lado, a filosofia transmitida por Dale Carnegie, na obra clássica Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, diz que devemos ser agradáveis e pensar primeiro nas necessidades dos outros. Este é o Mr. Nice Guy.
Situações diferentes requerem estrategias diferentes.
Se por exemplo, quer ser promovido ou promovida no trabalho, então deve escolher Maquiavel, porque alguns dos seus colegas e concorrentes terão de ficar para trás. Nem todos conseguem uma promoção e cabe a si ser mais “esperto ou esperta” que os outros, isto é, se quer obter um lugar na sua organização com mais poder (e dinheiro).
Se por outro lado, quer dedicar-se a um projeto que dependa mais de si, como escrever um livro, fazer um curso, ou como no meu caso investir na bolsa, e que não requer grande trabalho de equipa, então deve seguir Carnegie, o caminho do Mr. Nice Guy.
Ao escolher Carnegie em detrimento de Maquiavel irá conseguir cultivar um ambiente externo mais positivo e menos competitivo, que o ajudarão a ser mais produtivo em qualquer atividade que requeira uma maior concentração e não dependa tanto dos outros.
Já há algum tempo que penso escrever um livro. Depois de concluir a de mestrado em 2018 sentia-me com estamina para continuar a pesquisar e a escrever. Primeiro veio a ideia de uma tese de doutoramento na minha área profissional de engenharia, mas rapidamente conclui que o esforço e custo traria poucos benefícios.
Depois chegou a ideia de um livro sobre produtividade pessoal, já que me tornei um “cromo” a fazer listas de tarefas que me ajudaram imenso a ser mais eficaz. Infelizmente não existe mercado de leitores em português para justificar publicar uma obra para aprender a gerir melhor o tempo. Mesmo no mercado internacional em inglês são raros os autores de sucesso.
Conclui que as pessoas não querem o trabalho inerente a uma maior eficácia, mas sim os resultados, o que é uma contradição, não se tem uma coisa sem a outra. Mas enfim, é a realidade.
Após três anos imerso nos mercados financeiros com milhares de horas de estudo e prática, chegou mais uma “ideia luminosa” para um livro, evidentemente sobre o investimento na bolsa.
Este é um tema com uma maior audiência se pensarmos na comunidade lusófona, em especial se tiver desenvolvido um sistema de trading com resultados.
Será que algum destes projetos irá sair da gaveta? Pois bem, não sei, mas quero criar uma rotina para escrever um pouco todos os dias de uma forma estruturada. Página a página se conclui um livro.
Sempre fui muito obssecado e compulsivo com as tarefas que tive pela frente. Alguns exemplos incluem aprender inglês, estudar yoga, problemas no trabalho, negociar nos mercados financeiros e muitas outras atividades.
Se um certo nível de obsessão é saudável para se evoluir em qualquer matéria, por outro lado, os excessos podem ser prejudiciais para a saúde, originando níveis indesejados de ansiedade e até insónias. No extremo, chega-se ao transtorno obsessivo compulsivo, uma condição médica.
Na minha pesquisa por este tipo de condição, e a título de auto ajuda, li o livro do psiquiatra americano Jeffrey M. Schwartz, Brain Lock, que na tradução para o português pode ser lido literalmente como Cérebro Bloqueado.
Quando um pensamento obsessivo ou um comportamento compulsivo ocorre, a primeira coisa a fazer é ter consciência do pensamento ou comportamento.
Passo 2: Reatribuir
Depois da tomada de consciência, é importante reconhecer que o problema não está na pessoa, mas sim na condição médica deste transtorno, que o autor acredita ser causado por um desiquilibrio químico no cérebro.
Passo 3: Recentrar
Depois dos primeiros dois passos, chegamos à parte prática que exige um maior esforço e força de vontade. Em vez de reagirmos de imediato ao comportamento compulsivo, o melhor é virar a nossa atenção para outra tarefa qualquer que seja agradável ou útil. Schwartz usa como bitola de tempo o período de 15 minutos para nos concentramos noutra atividade, que pode ser aumentada ao longo do tempo.
Passo 4: Reavaliar
O quarto e último passo, a reavaliação, é um processo contínuo, que vai sendo desenvolvido com a prática dos três primeiros passos. Vamos tomando consciência do transtorno obsessivo compulsivo, ao mesmo tempo esperando que as obsessões e compulsões vão se tornando cada vez com menor intensidade. A ansiedade associada também deverá reduzir com uma melhoria do bem estar.
O método dos quatro passos na prática
Passo 1: Reconheço que estou a ter um pensamento obsessivo (dar nome) e/ou um comportamento compulsivo (dar nome).
Passo 2: Este pensamento e/ou comportamento não sou eu, é um desiquilibrio químico no meu cérebro.
Passo 3: Vou agora concentrar-me noutra tarefa pelo menos quinze minutos e depois já volto ao pensamento ou comportamento anterior.
Passo 4: Repetir os três primeiros passos pelo menos uma vez por dia, aumentado cada vez mais o tempo no passo 3, e chegar a um momento em que os pensamentos obsessivos e/ou comportamentos compulsivos já não controlam tanto a nossa vida.
Conclusão
O transtorno obsessivo e compulsivo é uma condição médica séria que Schawartz acredita ser causada por um desiquilibrio químico no cérebro. Ao se praticar o método dos quatro passos, baseado no Terapia Cognitiva Comportamental e Mindfulness, este desiquilibrio poderá ser reduzido, com o objetivo de chegar a um momento em que já não somos governados por impulsos destruidores.
É importante notar que este método exige uma prática continua e persistente se uma pessoa quer ver resultados, porque é muito fácil voltar à maneira antiga de fazer as coisas.
David Allen é um guru da gestão do tempo mundialmente conhecido pelo seu sistema Getting Things Done ou GTD.
O autor propõe organizar as listas de tarefas através de uma estrutura hierárquica:
Tarefas – atividades individuais e descompostas para serem executadas (exemplo: criar um memorando no trabalho ou pagar a conta da eletricidade.
Projetos – um conjunto de duas ou mais tarefas relacionadas (exemplo: escrever artigo (projeto), em que a primeira tarefa é pesquisar, a segunda tarefa é escrever e a terceira tarefa é rever e editar).
Contextos – o que preciso para executar determinada tarefa (exemplo: nível de energia baixo, médio ou alto).
Áreas de responsabilidade: agrupar as tarefas e listas de projetos por áreas temáticas (exemplo: pessoal, trabalho, família, hobbies, dinheiro, etc.).
Objetivos ou Metas: o que pretendo alcançar nos próximos um a dois anos.
“É um facto bem conhecido de que o atributo comum dos indivíduos e organizações com alta performance é ter um conjunto de objetivos claros e escritos.”
O paradoxo dos objetivos
“Se os objetivos são tão valiosos, porque é que existe tanta resistência no processo? O desafio dos objetivos é o compromisso com qualquer tipo de resultado de longo prazo, de assumir uma vontade de abandonar a familiaridade do dia-a-dia e arriscar um salto para o desconhecido. E se não conseguir atingir o que quero? E se não for a coisa certa a fazer? O que tenho de sacrificar?”
Em determinadas alturas traçar objetivos pode não fazer sentido.
“Existem momentos em que o foco num objetivo ambicioso pode não ser o curso de ação mais apropriado, já que o poderá fazer sentir-se menos no controlo, que é o oposto do pretendido. (…) Se já está a sentir-se um pouco instável a gerir a sua atual realidade, um objetivo muito alto será provavelmente contraprodutivo.”
A importância de começar nas pequenas coisas.
“Grande parte do que desenvolvi nos modelos GTD foi baseado no facto de que as pessoas não conseguem focar-se apropriadamente no quadro geral por causa da sua incapacidade para lidar com o essencial. Existem momentos da vida em que as pequenas coisas sobrecarregam tanto uma pessoa que definir objetivos poderá ser um exercício artificial e penoso.”
Só o indivíduo poderá saber se precisa ou não de ter objetivos
“É uma decisão difícil saber quando se devem traçar metas e objetivos para se atingir o foco, e quando será melhor aceitar e gerir a realidade, para que mais tarde, no devido tempo, e com maior estabilidade e claridade, finalmente caminhar em direção a novas direções e responsabilidades. Somente o próprio sabe a resposta.”
Conclusão
David Allen descreve no seu livro que embora a criação de metas e objetivos seja essencial a uma maior rentabilidade de indivíduos e organizações, quando nos sentimos desorganizados e vivemos no caos, poderá fazer mais sentido focarmo-nos nas pequenas coisas e no essencial. Neste caso, estabilizar o dia-a-dia, deverá ser a prioridade.
À medida que ganhamos controlo e confiança, mais tarde, podemos decidir se no nosso caso em particular justificará traçar objetivos, que só fará sentido se proporcionar um foco adicional.
Até porque existem muitas pessoas bem-sucedidas que nunca traçaram objetivos, embora se acredite que neste último caso estas tenham um propósito maior que serve de guia para aproveitarem as oportunidades que a vida lhes dá
Um manual para as guerras sem violência da sociedade moderna com técnicas passivo-agressivas, de micro-agressão e de pressão psicológica. Obra essencial a qualquer político.
Nas últimas semanas a minha ansiedade disparou para níveis superiores ao normal. Um dos fatores é o pico de stress com um projeto exigente rodeado de uma equipa com agenda e interesse próprio.
Para ajudar a combater este momento, decidi retomar a prática regular do mindfulness, que no passado já tinha usado com resultados eficazes.
Existem muitos programas nesta disciplina de meditação com origem budista. O livro que estou a seguir intitula-se Mindfulness - Atenção Plena dos autores Mark Williams e Dany Penman. Este texto apresenta um programa de 8 semanas acompanhado por um CD com meditações guiadas.
Williams e Penman explicam de uma forma simples como este tipo de meditação nos pode ajudar, e dão o exemplo da música. Quando ouvimos uma música várias vezes e que gostamos, associamos os momentos agradáveis e emoções positivas do passado que nos levam numa “boa viagem”. Da mesma forma, quando temos um problema, e ficamos preocupados e com pensamentos negativos, associamos os momentos desagradáveis e emoções negativas do passado, que nos levam numa “má viagem”.
No último caso, se os pensamentos e emoções negativas persistirem, e não forem tratados, conduzem a uma espiral descendente, e que pode manifestar-se em stress grave, ansiedade, depressão e outros males fisiológicos.
O mindfulness pretende quebrar esta espiral descendente, fazendo com que se interrompam os pensamentos e emoções negativas logo no início da espiral,
O programa do livro é muito direto, sendo que vou dar início à primeira semana com as seguintes práticas:
Meditação principal do corpo e respiração sentada ou deitada, duas vezes por dia (esta meditação vem no CD).
Meditação da passa da uva, uma vez por dia.
Atenção plena a uma atividade rotineira diária, em que vou escolher o pequeno almoço, uma vez por dia.
Libertador de hábitos, em que escolhi sentar-me numa cadeira diferente à refeição, uma vez por dia.
Na próxima semana farei um ponto de situação do processo de meditação, onde serão também descritas as práticas para a semana dois.
Esta semana o blogue The Daily Habit foi referenciado no jornal expresso na newsletter matinal com o resumo do livro A Grande Estratégia de John Lewis Gaddis.
Trata-se de um livro que aborda a estratégia geral dos grandes líderes da história, desde a antiga Grécia e China até tempos mais recentes com a construção dos Estados Unidos da América.
Selecionei as passagens de Gaddis que considerava de maior relevo, e reconstrui o livro com os tópicos que conduziam o leitor na narrativa do autor.
É uma grande satisfação ver o meu trabalho mencionado num jornal de referência nacional como o Expresso, principalmente depois de dedicar longas horas a escrever neste blogue sem a espectativa de qualquer retorno financeiro ou outro, apenas partilhando na escrita a minha paixão pela expressão individual.
Sun Tzu nasceu em 544 A.C., e fontes discordam dos detalhes da sua vida e paradeiro. Sabemos que era de origem chinesa, estratega militar, escritor e filósofo.
O nome está ligado ao livro A Arte da Guerra, que influenciou fortemente a estratégia militar oriental e chinesa e a filosofia em geral.
Inicialmente tinha pensado em criar um blogue exclusivo a este livro, escrevendo um artigo por capítulo, num total de 13. Depois de iniciar o trabalho, reparei que embora algumas das lições do livro sejam intemporais, existem diversas traduções com diferentes interpretações, o que acabava por ser mais um trabalho de estudo literário do que as lições práticas que reteria do livro.
Assim, resolvi escrever num artigo único um resumo geral do livro, com a essência de cada capítulo.
Poderá também ler resumos de outros autores nos sites Culturagenial, Familialong ou Docsity. A blogue Artblog descreve o contexto histórico do livro. Os sites PsicanáliseCliníca e ManualdoHomemModerno apresentam as frases mais conhecidas do livro. Já o BlogdeEscala vai por outro caminho, e aplica as lições da Arte da Guerra ao montanhismo, para se ter uma ideia da versatilidade e áreas de aplicação do livro.
Introdução
Para Sun Tzu, a guerra é um grande esforço para empreender e não deve ser iniciada sem consideração detalhada. Para isso deve-se começar sempre por reunir toda a informação disponível.
1. Avaliação e planeamento
A principal mensagem deste capítulo é que uma análise e preparação fracas levarão ao fracasso. Sun Tzu descreve os cinco fatores fundamentais da avaliação e planeamento, tais como:
Este capítulo centra-se nos custos da guerra, sendo um conceito crítico de A Arte da Guerra. Sun Tzu sublinha que o conflito é caro e vencer o oponente sem conflito é sempre a melhor resolução. No entanto, se tiver de travar uma guerra, faça-o com determinação e o mais rápido possível.
3. Ataque Estratégico
Destruir o inimigo não é a maior forma de realização de guerra, mas sim capturá-lo e subjugá-lo sem lutar. Sun Tzu considera as seguintes as melhores estratégias de guerra:
- Perturbar os planos do inimigo - Impedir o inimigo de unir forças - Atacar no campo
E a pior estratégia de todas é cercar cidades muradas.
4. Posicionamento
Antes mesmo de se mover, deve pensar em evitar perdas. Um exército deve defender as posições existentes até estar pronto e capaz de avançar em segurança. Não se mexa sem rumo, mas aprenda a ver a abertura que o seu inimigo lhe dá. Quando lhe consegue detetar um erro, pode ganhar com pouco custo e força.
5. Forças
A criatividade é importante para ganhar guerras, mas se for desenfreada pode ser perigosa. A criatividade deve ser ligada à realidade e utilizada em conjunto com métodos de trabalho comprovados.
6. Pontos Fracos e Pontos Fortes
A ideia deste capítulo é atacar quando e onde o seu inimigo está menos preparado e capaz de defender. Faça o inimigo apressar-se a lutar contra si, e ele vai chegar cansado. Aparece onde o inimigo não espera, e vai apanhá-lo de surpresa. Mantenha posições que não podem ser atacadas e ataque posições que não sejam defendidas ou difíceis de defender.
7. Manobras
Este capítulo centra-se na logística da guerra. O conflito direto é perigoso e dispendioso, mas às vezes é necessário, só devendo ser usado no caso de ser inevitável.
8. Adaptação
Cada situação é única, mas pode reconhecer elementos familiares em qualquer situação única. Embora queiramos ser criativos, também queremos aderir a métodos comprovados que funcionem.
9. Movimento
Este capítulo detalha o movimento de um exército. Pode ser mais antiquado dada a guerra moderna, mas alguns elementos ainda são válidos na infantaria. São apresentadas algumas regras gerais, tais como:
- Acampe em terreno alto. - Não suba terreno alto para lutar. - Afaste-se do rio se o atravessar. - Ataque quando o exército está a meio caminho de atravessar um rio
10. Seis posições de campo
Este capítulo analisa os diferentes tipos de terreno e as vantagens e desvantagens de cada um. Estes são os seis tipos de terreno:
Por exemplo, o terreno acessível é fácil de deixar e voltar. O terreno pendente é fácil de deixar, mas difícil de voltar e não deve ser usado para lançar um ataque. Porque se o ataque falhar, não é fácil para si recuar para o lugar de onde veio.
As armas de hoje são bem diferentes, mas a estratégia mantém-se. Há cinco maneiras de usar o fogo na guerra, diz Sun Tzu, podendo queimar:
- Soldados no seu acampamento. - Armazéns. - Carruagens de mantimentos. - Armamento. - Lançando fogo entre as tropas inimigas.
13. Inteligência
A Arte da Guerra afirma que não existe tal coisa a realidade objetiva, mas sim interpretações diferentes da realidade. Quão perto interpretamos a realidade é um elemento importante de ganhar ou perder uma guerra. De certa forma, todas as guerras são guerras de informação.
Conclusão
A Arte da Guerra é possivelmente o livro de estratégia militar mais antigo e mais conhecido. Se bem que concetualizado num âmbito de guerra com o objetivo de um general planear e conduzir as suas tropas à vitória, hoje é usado, com as devidas adaptações. em áreas como os negócios e a política, ou qualquer função onde existam dinâmicas de poder. Substitua inimigos por concorrentes ou oponentes.
Depois de 30 artigos em 30 dias concluí o desafio “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas” inspirado no livro de Dale Carnegie. Foram publicados 30 princípios intemporais no domínio das relações humanas e desenvolvimento pessoal.
Devo confessor que senti este desafio mais leve que o anterior das “48 Leis do Poder” baseado na obra de Robert Greene.
São dois grandes livros de liderança com técnicas de influência interpessoais, mas antagonistas na sua abordagem. Enquanto o livro de Carnegie parte da premissa de que as pessoas têm bons valores e que ao ter uma atitude “mais correta” conseguimos as influenciar, já o livro de Greene parte da premissa de que o ser humano é egoísta por natureza, e que para influenciar este é preciso recorrer a tácticas de uso do poder “menos convencionais".
No fundo os dois livros complementam-se. São uma espécie de yin e yang da filosofia chinesa, como forças complementares e opostas que se encontram em todas as coisas.
Carnegie funciona como a face em que devemos nos apresentar ao mundo, e Greene como o lado estratégico e de planeamento em que devemos trabalhar.
Esta semana conclui o desafio 48 Leis do Poder, escrevendo um artigo por dia correspondente a cada lei. Esta autêntica “maratona” foi baseada no livro de Robert Greene com o mesmo nome.
É escusado de dizer que sou fã do trabalhado deste autor, que me abriu os olhos para os bastidores do poder: como as manobras de manipulação funcionam, e como as pessoas pensam e agem para atingirem os seus objetivos pessoais, usando táticas, digamos, menos convencionais.
A principal premissa do livro é a de que cada pessoa age no seu próprio interesse, não vendo meios para atingir os fins. Aliás, esta premissa está relacionada com uma das assunções da teoria económica moderna, em que os indivíduos pensam em primeiro lugar nos seus interesses, antes de pensarem nos outros.
Enganem-se aqueles que consideram que os conhecimentos das 48 leis do poder é apenas reservada aos que querem o poder, como progredir profissionalmente numa organização ou conseguir um cargo político.
Mesmo que a ambição não seja o que mais nos move, temos de aprender a viver em sociedade, e encornar formas de nos defendermos daqueles que nos querem usar para atingir os seus fins.
A única pena que tenho é não ter tido acesso a este livro de Greene mais cedo. A primeira publicação do livro 48 Leis do Poder foi em 1998. Mas como dizem: mais vale tarde que nunca!